sábado, 21 de novembro de 2009

O treinamento das valências físicas na criança e adolescente

Resistência
A criança e o adolescente, se adaptam com facilidade aos diversos tipos de treinamento, principalmente aos aeróbicos (Weineck,1991).

Robinson citado por Massicote (1985), foi um dos pioneiros nos estudos fisiológicos através do teste de esforço em crianças e adolescentes, onde encontrou diferenças na adaptação realizadas pela criança/adolescente e o adulto. Massicote (1985), ainda ressalta, que testes executados em bicicleta ergométrica, mostram que peso, altura e sexo interferem pouco no rendimento mecânico pois os resultados foram equivalentes ao dos adultos. Já Duarte (1993), considera o aumento da capacidade aeróbica, relativa ao crescimento (altura) e freqüência cardíaca, tornando-se medida clássica de aptidão física, este aspecto foi constatado em estudos realizados por Godfrey (1972), citados por Massicote (1985), onde crianças de 5-16 anos tem VO2 diferenciados, aos 5 anos é de aproximadamente 1 litro/min. E por volta dos 16 ultrapassa os 3 litros/min, em todos os testes e grupos etários os meninos apresentam valores mais elevados do que as meninas, isso devido ao aumento de massa muscular evidenciado nos meninos, eqüivalendo no final da puberdade ao resultado de um adulto jovem (Duarte,1993). Meller & Mellerzowick (1979) consideram o aumento de VO2 máx. relativo ao crescimento, e alcançando seu nível máximo aproximadamente aos 22 anos de idade.

Massicote (1985) cita os estudos feitos por Macek (1977) Cassel & Morse (1962), que detectaram a utilização de energia proveniente do metabolismo aeróbico durante o exercício, antes em crianças, do que nos adultos, atingindo índices aproximados por volta dos 17 anos.

A resistência segundo Weineck (1991), deve ser introduzida como treinamento, desde a idade pré-escolar, principalmente quando este treinamento for baseado na resistência aeróbica, com índices submáximos e de maneira contínua, não excedendo o limite fisiológico da criança, e considerando as distâncias não deve ultrapassar 500-600 m., nesta faixa etária. Aliado a isto Weineck (1991) indica a pubescência e a adolescência como fases de início do treinamento específico, com índices máximos, pois o contexto do desenvolvimento muscular cardíaco e do aparelho respiratório atinge níveis altamente treináveis , e uma maior capacidade de suportar carga, e o planejamento deve privilegiar a resistência aeróbica e resistência anaeróbica aláctica (intervalado), que se sobrepõe ao treinamento de repetição, com distâncias que utilizem energia através do consumo de glicólise aeróbica. Estudos realizados em Moscou, com atletas adolescentes corredores (800m,1500m e 3000m) , na faixa etária de 14-15 anos, demonstrou um aprimoramento sistemático quando utilizado como treinamento a base aeróbica, misto (aeróbica-aneróbica) e anaeróbica, alternando diferentes tipos de corrida (Bondarchuk,1987). Uma amostragem feita com universitário, em Campinas levou os pesquisadores a concluírem, existem variáveis que influenciam no rendimento como hora do dia, e dia da semana em que o trabalho está sendo realizado, considerando uma rotina normal de aula, em universitários, através do teste de Cooper (Moreira & Pellegrinotti, 1986).

A Medicina Pediátrica utiliza hoje freqüentemente o Teste de Esforço (TE) em crianças e adolescentes, sendo um aliado importantíssimo na detecção de anomalias relacionadas ao desenvolvimento sadio do coração, o teste prevê a utilização de um circloergÔmetro ou esteira, levando-se em consideração as variáveis físicas da criança, peso e altura (Duarte,1993)

Velocidade
Israel apud Weineck (1991), identifica a obtenção da velocidade máxima, em limites geneticamente estreitos, sendo indicado a velocidade de reação e a capacidade de aceleração e coordenação, como treinamento até a pubersência, utilizando estímulos variados, aumentando gradativamente o treinamento de corrida de velocidade (Weineck,1991). Isso deve-se ao fato de que neste período, idade pré - escolar / pubescência, melhoram as relações de alavanca e processos nervosos ligados a mobilidade (Koinzer,1978 apud Weineck,1991).

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