segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Fisiologia do Exercicio Criança e o Adolescente

MATURAÇÃO SEXUAL
• Meninos: nenhuma modificação .
Maturadores precoces são requisitados para esportes de força
• Meninas: atraso na menarca  ( 1- 2 anos) * cuidados com a amenorréia secundária: atraso de 2 a 3 ciclos menstruais.



STRESS DO CALOR
• Sudorese diminuída
• Criam mais calor por área corporal
• Aclimatação mais lenta em ambientes quentes 

HIDRATAÇÃO
• Perda de 2 – 3 % do peso corporal
• Ingerir líquidos a cada 15 – 20 minutos
• Ingerir bebidas hidroeletrolíticas com concentração de HC (6-8% ) e osmolaridade adequadas ( sport drinks), após 60 minutos de exercício.


RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS

1. Estimular a participação das crianças em esportes, de acordo com suas habilidades, com enfâse em aprender os fundamentos de cada esporte.
2. Evitar a especialização precoce em um único esporte.
3. Reconhecer lesões de “ overuse” e sinais de stress físico excessivo.
4. Monitorar seriadamente crescimento, composição corporal, peso e maturação sexual.
5. Assegurar ingesta nutricional adequada, com enfâsenas calorias totais, dieta balanceada e ingesta de Fe eCa.
6. Orientar sobre os riscos de patologias pelo calor e boa hidratação .
7. Questionar o jovem sobre a escolha do esporte e seus objetivos.
8. Evitar a influência dos pais.
9. Assegurar supervisão adequada

NUTRIÇÃO

Importante possuir uma dieta balanceada com:
Ferro: transporte adequado de Otransporte adequado de O2( Hb)
metabolismo muscular aeróbico( Krebs)
Cálcio: crescimento normal do osso e prevenção de fraturas de stress
Zinco: retardo no crescimento e queda de cabelos.
entre outros.

RISCOS DO TREINAMENTO INTENSO

CRESCIMENTO X ESTATURA FINAL

Aporte calórico inadequado + Treinamento intenso = Restrição do crescimento e maturação retardada Interromper treinamento =  ocorre “ catch-up growth” estatura final não é afetada
Maturação longamente retardada = diminuição da altura final

Síndrome do overtraining

Queixas de cansaço
Excesso de lesões
Dor generalizada nas pernas
Dificuldade para acordar / insônia
Mudança no humor
Perda de apetite
Recusa em ir à aula
Queda na performance em competições

Fisiologia do Exercício na Criança e no Adolescente

BENEFÍCIOS E MALEFÍCIOS

5 PERGUNTAS NECESSÁRIAS


• Alguma doença do ACV na família antes dos 45 - 50 anos ?( cardiomiopatia hipertrófica, infartos)

• Alguma hospitalização por doença ?

• Uso de Medicação ?

• Algum episódio de perda de consciência enquanto praticando esportes ?( Síncope, palpitação, astenia)

• Capacidade de correr 2 km sem parar ?( Dispnéia, dor torácica)


EXAME FÍSICO E REVISÃO DE SISTEMAS


• Aferição da Pressão Arterial e Pulso

• Peso x Altura ( Gráfico de crescimento )

• Acuidade Visual

• Estágio de Tanner

• Exame dos aparelhos : cardio-pulmonar , abdominal , genito-urinário e músculo-esquelético

Psicologia Esportiva

1.Motivação
2.Manter-se ativo
3.Definição de objetivos
4.Aspectos sociais
5.Nível relativo de competição
6.Comparação com seus colegas
7.INFLUÊNCIA DOS PAIS ?


AQUISIÇÃO DE HABILIDADES ESPECÍFICAS

6-7 anos: julgamento da velocidade e: julgamento da velocidade eseguimento de objetos em movimento
7-8 anos: habilidades de equilíbrio e: habilidades de equilíbrio epostura
10-12 anos: atenção seletiva e uso de: atenção seletiva e uso deestratégias complexas da memória

Ginástica Esportes Recreativos e Competitivos

•Esportes de Habilidade - a partir de 6 anos
Andar, correr, saltar : Natação, Futebol, Capoeira, Surfe, Skate, Danças.
•Esportes de Resistência - ao se iniciar aao se iniciar a puberdade - Sem atividades anaeróbicas: Volei, basquete, handebol.

•Esportes de Velocidade - a partir dos 10, desde que a força não seja primordial: Ciclismo, Atletismo(saltos, corridas curtas).

•Esportes de Força : 12-14 anos para 14 anos para meninas e 14-16 anos para meninos.

COMPETIÇÃO

• Após 13 anos de idade
• Esporte escolhido pelo atleta
• Com supervisão

Especialização esportiva? Quando começar e a competição? Quando há “ excesso” de treinamento?
A equação não é a mesma para cada um, com respostas individuais. Balancear esportes organizados com atividades recreativas, brincadeiras recreativas, brincadeiras - “ fun play”.
Crianças não aptas para esporte?
Adequar as crianças aos esportes organizados.
Profissional de Ed. Fisica devem ter uma participação ativa: diagnosticar lesões; orientar sobre hidratação e nutrição; monitorar peso e altura.

sábado, 21 de novembro de 2009

O Treinamento Físico na Criança e no Adolescente

“ A criança não é uma miniatura do adulto,
e sua mentalidade não é só qualitativa,
mas também quantitativamente diferente da do adulto,
de modo que a criança não é só menor,
mas também diferente.”
Claparède, 1937.

A citação acima nos reporta a realidade, onde o treinamento direcionado à criança e ao adolescente, deve ser diferente do treinamento realizado pelo adulto, pois segundo Weineck (1991) isso deve-se ao fato de crianças e adolescentes, estão em desenvolvimento contínuo, sofrendo inúmeras transformações físicas, psíquicas e sociais, tendo conseqüências que influenciam nas atividades corporais, bem como na capacidade de suportar carga. O treinamento, deve ser planejado considerando-se as etapas de desenvolvimento fisiológico natural do indivíduo, que são: idade pré escolar, primeira infância escolar, primeira fase puberal ou pubersência, segunda fase puberal ou adolescência.(Weineck,1991). Nestas fases, segundo Pini & Carazzatto (1983) ocorrem alterações significativas no organismo da criança, e o exercício físico assume papel importante no desenvolvimento morfofuncional.

O treinamento específico das qualidades físicas, não deve ser oportunizado, através da redução de cargas prescritas para adultos, cada faixa etária tem suas tarefas conforme características peculiares ao seu desenvolvimento, como no caso da pubersência onde a ênfase qualitativa de movimentos e capacidades coordenativas deva ser privilegiada.(Weineck,1991)

Bar-Or apud Weineck (1991), relaciona a maior atividade física da criança com a dominância de impulsos cerebrais e pela menor percepção do esforço, que no adulto é mais evidente. Esta maior movimentação leva a uma melhor condição física, segundo Massicote (1985), evidenciada nos estudos realizados por Shephard e Levallée, onde crianças que foram submetidas a um programa especial de Educação Física, com cinco sessões de uma hora, por semana, possuíam uma capacidade de trabalho superior, do que as inscritas no programa regular de quarenta minutos, uma vez por semana.

O início deste processo evolutivo de desenvolvimento se dá, na sua grande parte dentro da escola, então o estímulo ao desenvolvimento das potencialidades e o aprimoramento orgânico do homem, é fruto da atuação efetiva de programas de Educação Física, (Marcondes apud Dinoá & de Assis, 1990), que segundo Weineck (1991), é ineficiente nos moldes adotados ( duas vezes por semana ) não suprindo a carência motora, mas pode intervir através da informação adequada das atividades de desempenho orgânico funcional, mais saudáveis.

Crianças e Adolescentes: Características Gerais de Desenvolvimento

Segundo Pini & Carazzatto (1983) a relação entre peso e a altura, do nascimento a fase adulta, se faz de forma alternada, bem como a função orgânica, assim entre as etapas de desenvolvimento encontra-se diferenças significativas, de tamanho dos órgãos e das estruturas que os comportam.

A velocidade de crescimento, se dá em etapas atingindo uma certa estabilidade na idade pré - escolar, voltando a acelerar na puberdade, isso é fator determinante para estabelecer-se parâmetros de treinamento com carga, pois não há equivalência com a fase adulta, segundo Weineck (1991), pois a alteração de metabolismo, que em crianças é de 20 - 30 % (basal) maior que nos adultos (Demeter,1981 apud Weineck,1991), é item de preocupação durante os treinamentos de carga corporal ou específica, devendo prevalecer períodos suficientes de descanso e recuperação. Estes dados levam a incerteza, na escolha da fase de início do treinamento, sem que este resulte em perturbações no desenvolvimento (Pini & Carazzatto,1983). Weineck (1991) situa como faixa de segurança e indica os estímulos submáximos de carga, utilizando mecanismos variados.

Um dos indicativos de rendimento físico, o consumo de oxigênio (VO2 máx.) e bem como a treinabilidade absoluta, crescem parabolicamente atingindo seu ápice entre 18 - 22 anos nos homens e 16 - 20 anos nas mulheres (Mellerowicz & Meller, 1979).